A maioria das igrejas possui o chamado
“dízimo”, que em algumas religiões pode ter outro nome. É através do
dinheiro doado pelos fieis que as instituições religiosas se mantém e
crescem, criando novos templos e prosperando a obra. Algumas igrejas
também utilizam a quantia para fazer caridade, ajudando quem tem menos a
encontrar um modo melhor de vida. No entanto, a coisa anda complicada,
especialmente aqui no Brasil, que vive uma das suas maiores crises
financeiras. Atualmente, de acordo com o IBGE, já são mais de doze
milhões de desempregados no país.
Segundo uma reportagem publicada
recentemente pelo colunista Alcelmo Góes, do jornal carioca “O Globo”,
essa crise tem provocado muitas reclamações por parte dos pastores. No
Rio de Janeiro, por exemplo, que acabou de ter um bispo eleito prefeito –
Marcelo Crivella (PRB), da Igreja Universal do Reino de Deus – os
religiosos já dizem que os fiéis parecem desanimados na hora de doar, de
dar a sua oferta. Até mesmo a regularidade de dar o dízimo está
diminuindo. Com problemas para manter o padrão de vida, os fiéis tem
preferido investir na casa, comprando comida ou roupas.
O colunista garante que a crise já está
fazendo as suas primeiras vítimas dentro do mundo evangélico e tem até
igreja fechando na Zona Oeste do Rio. O novo prefeito da cidade prometeu
que não vai misturar Religião e política, mas já em seu discurso de
posse, Marcelo Crivella rezou um “Pai Nosso” e ouviu um sonoro amém. O
medo de muitas organizações do município é que, de alguma forma, possa
ter um investimento nas igrejas da Universal ou até mesmo na TV Record,
que é propriedade do tipo de Crivella, Edir Macedo.
Ainda no programa eleitoral do ano
passado, Marcelo disse que não se intrometeria nos negócios de seu
parente e que essas especulações seriam construção da Rede Globo, que
teria “cismado” que ele quer prejudicá-la. (Com informações do Jornal do
País)