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BR-135 permanece no topo das rodovias mais perigosas do Maranhão, mas,
em comparação com o ano passado, as ocorrências diminuíram em cerca de
16%, segundo dados do Núcleo de Registros de Acidentes e Medicina
Rodoviária (Nuram) da Polícia Rodoviária Federal do Maranhão (PRF-MA).
De janeiro a 31 de maio deste ano foram registrados 208 acidentes. No
mesmo período do ano passado foram 248. Apesar da diminuição, os
registros são maiores que os ocorridos nas rodovias 222, 226, 230 e 402
no Estado.
Os números de feridos também sofreram queda, sendo 77 com 44 ferimentos
leves e 29 graves este ano; ano passado, 107, sendo 50 leves e 57
graves. Na BR-135 trafegam cera de 700 veículos por hora, sendo que nos
feriados, aumenta para a média de 1.500 veículos por hora. A falta de
acostamento e deficiências na sinalização contribui para o índice de
acidentes, principalmente, em Campo de Perizes. Os assaltos frequentes
estão entre os outros problemas enfrentados pela comunidade do entorno e
por quem trafega. A média é de cinco prisões em uma semana, segundo o
comando do 6º Pelotão da Polícia Militar da Estiva, que atua no entorno.
Situação que deve ser modificada com a conclusão das obras de ampliação
neste trecho.
O número de acidentes frontais, que acontecem com maior incidência na
rodovia, também deve diminuir segundo espera o Dnit-MA. De acordo com o
órgão, a principal causa de acidentes em Campo de Perizes se deve ao
fato do trecho ser reto, e, na maior parte, ocorrem batidas frontais,
que geralmente culminam em casos de morte. Com a duplicação, o risco
será menor, pois os veículos trafegarão em uma via mais ampla, sendo
cada uma com um único sentido. Quem mora ao longo da via, nos bairros
Estiva, Maracanã e Vila Maranhão, conhecem bem os problemas e riscos
enfrentados.
Nascido e criado no bairro Estiva, km 2 da Br 135, o comerciante Jose
Cloude Rodrigues, 29 anos, diz que os assaltos na área estão tirando o
sono de moradores, comerciantes e condutores. “É de dia ou de noite.
Eles não têm mais hora. É só cair a noite que aqui ninguém mais anda em
paz”, diz ele, que se recolhe em casa mais cedo, para não ser alvo. José
mora com a mulher e dois filhos pequenos que os ajudam na venda de
mariscos e peixes, trabalho que garante o sustento.
Mas, até trabalhar está difícil. “A gente ‘tá perdendo cliente. Nas horas que mais poderiam vender, os motoristas têm medo, porque é a onda de assaltos”, aponta o também vendedor, Carlos Magnos Silva, 32 anos. A cozinheira Maria José da silva, 45 anos, diz já ter presenciado vários assaltos e os suspeitos são os mesmos. “A polícia até prende, mas eles não passam às vezes nem um dia solto”, afirma.
Mas, até trabalhar está difícil. “A gente ‘tá perdendo cliente. Nas horas que mais poderiam vender, os motoristas têm medo, porque é a onda de assaltos”, aponta o também vendedor, Carlos Magnos Silva, 32 anos. A cozinheira Maria José da silva, 45 anos, diz já ter presenciado vários assaltos e os suspeitos são os mesmos. “A polícia até prende, mas eles não passam às vezes nem um dia solto”, afirma.
Polícia intensifica rondas
Em reforço ao trabalho dos policiais na barreira, a viatura da área
intensificou as rondas, que agora, são realizadas a cada meia hora. Os
pontos são focos de assaltos, a exemplo da ponte de Estreito dos
Mosquitos. A equipe realiza ainda incursões em estabelecimentos
comerciais do entorno, além de orientar condutores sobre os riscos de
parar no ponto mais crítico, na barreira. “Os suspeitos ficam entocados
na área de matagal, à espera das vítimas”, explica o comandante do 6º
Pelotão da Polícia Militar da Estiva, tenente Sebastião Maciel. Os
horários mais críticos são das 22h em diante, mas há investidas também
durante o dia. Basta formar um engarrafamento para iniciar a onda de
assaltos.
O trecho onde mais há reclamações é após a ponte de Estreito dos
Mosquitos. Os suspeitos se aproveitam do trânsito parado e investem
contra condutores. Aparelho celular, relógios, demais acessórios e
dinheiro são o que despertam interesse. Os veículos, geralmente não são
levados. “O interesse deles é manter o vício. Por isso, roubam objetos
de venda fácil para poderem comprar drogas”, informa o comandante. Ele
diz ainda que a média é de cinco prisões por semana, mas as ocorrências
são bem maiores. Alguns casos são resolvidos na hora com os envolvidos,
como discussões entre vizinhos. Sete homens da militar atuam nas rondas
em viaturas e na barreira, cobrindo a área 24 horas.
Sinalização
Para garantir mais segurança à população e evitar atropelamentos, a BR
135 teve instalados ao longo da via, 12 redutores de velocidade – entre o
km 1.6 (Vila Itamar) e km 24 (Bacabeira). O equipamento registra
imagens e fiscaliza a redução pontual de velocidade em trechos
considerados críticos ou de intensa travessia de pedestres (escolas,
hospitais, povoados etc). A instalação é parte de trabalho do Dnit na
sinalização com redutores de velocidade e barreiras eletrônicas em todas
as BRs do Estado.
Quem ultrapassar os 60 quilômetros por hora será autuado e pode ser
punido com multa, perda de pontos na habilitação e a suspensão do
direito de dirigir. A fiscalização é feita pela Polícia Rodoviária
Federal (PRF).
Os equipamentos estavam em teste desde novembro
passado. Os redutores serão instalados em mais 27 pontos da rodovia,
exceto no trecho de Campo de Perizes, que está em obras. Também serão
contempladas as BRs 010, 135, 222, 226, 230 e 316 com 82 equipamentos,
entre controladores de velocidade e barreiras eletrônicas.
Com informações da PRF.
do Blog do Luis Cardoso