Quando deixou seu último
ano como governadora em 2014, Roseana Sarney (MDB), em ato desesperado
para eleger o seu sucessor Lobão Filho (MDB), realizou convênios
milionários com as Prefeituras do Maranhão, um grande embuste que acabou
traumatizando dezenas de prefeitos em todo o estado.
Em alguns casos, os
gestores deram início a obras esperando o pagamento da verba que seria
contrapartida do governo do Estado. Como o seu grupo perdeu a eleição,
Roseana não honrou nem 10% do que havia prometido para os prefeitos em
troca de votos para os seus candidatos.
A atitude revoltou
dezenas de gestores em todo o Maranhão, que deixaram realizações por
fazer e paralisaram várias obras pelo não cumprimento do acordo fixado
com Roseana. A conta do engodo criado há quatro anos chegou agora, e os
prefeitos já estão vacinados com as lorotas contadas pela oligarquia,
sobretudo em relação a convênios.
O sinal mais claro é a
falta de apoio dos prefeitos à pré-candidatura de Roseana.
Esporadicamente recebendo lideranças em sua residência, na maioria das
vezes levadas pelos parlamentares que ainda são ligados a ela, a filha
de José Sarney só é vista, no máximo, com vereadores, mas nunca com
prefeitos. O histórico de ilusão dos gestores tem dificultado a
integração dos mesmos no apoio à sua pré-candidatura.
Por outro lado, Roseana
ainda tem que conviver com a comparação com Flávio Dino, que tem se
mostrado um governador municipalista. O que antes eram convênios
fantasmas, hoje são parcerias reais, com entregas de equipamentos
agrícolas, ambulâncias, asfalto, obras de infraestrutura e tantas
outras.
Os erros do passado ainda vão atrapalhar muito Roseana caso ela seja candidata.