Prisão de Marcelo Adelino de Moura, conhecido como China, revelou articulação do grupo criminoso para cometer atentado contra secretário de Segurança Pública de SP

Por O Globo — Rio de Janeiro

Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, durante CPI do MST no Congresso Nacional, em 02/08/2023 Brenno Carvalho / Agência O Globo

A prisão de um integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC) revelou um plano de atentado contra o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, informou a pasta nesta segunda-feira. Após a captura, realizada em maio, os investigadores identificaram que o suspeito era membro de um grupo que elaborava o planejamento de uma emboscada que teria Derrite como alvo.

O ataque seria executado por Marcelo Adelino de Moura, conhecido como China. A informação foi publicada pelo site Metrópoles e confirmada por O GLOBO.

O suspeito foi preso em 5 de maio deste ano por policiais militares do Comando e Operações Especiais (COE) no bairro Cachoeirinha, na zona norte de São Paulo. "Após a prisão, identificou-se que o indivíduo fazia parte de um grupo que planejava um ataque contra o secretário da Segurança Pública", afirmou a pasta por meio de nota.
Armas, drogas e dinheiro encontrados com membro do PCC que planejava atentado contra Guilherme Derrite — Foto: Divulgação/PMSP

China, de 47 anos, tem envolvimento com roubo a bancos e é responsável por guardar armas e drogas da facção criminosa. Na ocasião de sua prisão, os policiais militares apreenderam dois fuzis e duas mil munições de grosso calibre, além de R$ 100 mil em espécie e pacotes de cocaína.

Derrite é deputado federal, mas está licenciado para atuar como secretário de Segurança Pública em São Paulo. Ele ocupa o cargo desde que foi nomeado pelo governador Tarcísio de Freitas em 1º de janeiro de 2023.

Sua gestão é marcada pela realização de megaoperações nos locais onde houve crimes contra a vida de policiais, como na Baixada Santista, em julho de 2023. As ações resultaram em dezenas de morte e tiveram a eficácia questionada, uma vez que os índices de criminalidade não caíam. As operações também foram comparadas com revanche.
Armas, drogas e dinheiro encontrados com membro do PCC que planejava atentado contra Guilherme Derrite — Foto: Divulgação/PMSP
Armas, drogas e dinheiro encontrados com membro do PCC que planejava atentado contra Guilherme Derrite — Foto: Divulgação/PMSP