Pelo quarto ano
consecutivo, o Carnaval de Todos, organizado pelo Governo do Maranhão,
registrou índice zero de ocorrências policiais. No total, foram mais de
sete mil policiais destacados para os circuitos em todo o estado.
Os dados foram divulgados em coletiva realizada pela Secretaria de
Estado de Segurança Pública (SSP), nesta quinta-feira (15), na sede da
SSP, bairro Vila Palmeira. A estatística corresponde ao período da
programação carnavalesca, de 9 a 13 de fevereiro.
O secretário de Segurança, Jefferson Portela, reforçou as estatísticas
das polícias reafirmando que “não houve qualquer registro de mortes
violentas ou outros crimes no circuito oficial do Carnaval de Todos, na
capital. Os procedimentos adotados vão se repetir nas demais datas
festivas ao longo do ano, para que o cidadão aproveite as datas com toda
a segurança”.
Em todo o Maranhão, no período carnavalesco, a Polícia Militar realizou
126.467 abordagens, sendo 63,7 mil na Região Metropolitana de São Luís,
incluindo veículos (carros, motos, ônibus, vans, táxis e outros),
pessoas e estabelecimentos comerciais.
Integrando as ações policiais de rotina, que além do circuito cobriu
ainda os bairros, a polícia apreendeu 80 armas de fogo, sendo 11 na
capital; 487 armas brancas; e mais de 1,6 mil porções de drogas diversas
(maconha, crack e ‘loló’). A Polícia Militar registrou 158 acidentes de
trânsito em todo o estado, 13 deles aconteceram na Grande Ilha; e mais
de 3,1 mil infrações de trânsito em todo o estado.
O comandante geral da Polícia Militar, coronel Frederico Pereira,
destacou o empenho dos policiais nas ações realizadas. “Foi um trabalho
iniciado muito antes do carnaval, que contou com todo o efetivo das
polícias de prontidão e resultou na tranquilidade das festas”, pontuou o
comandante geral da Polícia Militar, coronel Frederico Pereira.
A Polícia Civil prestou apoio às operações atendendo a comunidade nas
delegacias de bairros e plantões que funcionaram 24 horas durante as
festas. “Todo o grupamento da corporação esteve atento neste que é um
dos períodos mais movimentados na capital e interiores, mas, que
felizmente, em mais um ano, não tivemos registros de violência”,
destacou o delegado geral de Polícia Civil, Leonardo Diniz.
O Corpo de Bombeiros também estava a postos no atendimento em casos de incêndios, salvamentos e outras eventualidades.
A coletiva com o balanço sobre as ações de segurança durante o carnaval
também teve a participação do subcomandante geral de Polícia Militar,
coronel Jorge Luongo; do comandante de Policiamento Metropolitano da
Área I (CPAM I), coronel Pedro Ribeiro; do comandante geral do Corpo de
Bombeiros, coronel Célio Roberto Araújo; demais comandos de batalhões
militares; da titular da Patrulha Maria da Penha, coronel Maria Augusta
de Andrade; do gestor da Estatística da Segurança, Hilmar Nogueira
Costa.
Lei Seca
O policiamento atuou com firmeza no cumprimento das normas da Lei Seca.
Nas fiscalizações, o comando do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRV) da
Polícia Militar abordou 4.516 veículos; 4.236 testes de bafômetro foram
realizados (280 conduzidos por se negarem a fazer o teste); 332
carteiras de habilitação recolhidas; 140 conduções à delegacia, sendo
112 por embriaguez ao volante, 13 por alcoolemia e 15 por outros
motivos; duas prisões; e 337 casos enquadrados nesta lei.
“Aplicamos o que rege a lei com tratamento igualitário e com educação,
sempre, averiguando e penalizando”, reforçou o comandante da BPRV,
Augusto Magalhães.
Lei Maria da Penha
O período também foi de mobilização e articulações da rede de proteção à
mulher para combate à violência e crimes de gênero como assédio,
estupros e outros.
A Delegacia da Mulher atuou com apoio da Patrulha Maria da Penha e
manteve plantão especial para atender este público durante o carnaval.
Totalizaram 78 atendimentos, 47 medidas protetivas decretadas, 75
boletins de ocorrência registrados e três prisões em flagrante
cumpridas.
“Temos a comemorar este que foi um evento sem registros de homicídio de
mulheres e de grande gravidade. Reforçamos que a delegacia e todo o
sistema de Segurança estão à disposição da mulher vítima de violência
para proteger, prevenir e impedir ocorrências”, enfatizou a
coordenadoria das Delegacias de Atendimento e Enfrentamento à Violência
contra a Mulher (Codevim), delegada Kazumi Tanaka.
Por Neto Weba