Após
31 dias de paralisação, a greve dos bancários pode acabar nesta
quinta-feira, 6 de outubro. Em reunião com a categoria na noite de
ontem, quarta-feira, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) propôs
aos trabalhadores um reajuste nominal de 8% nos salários e abono de R$
3,5 mil. Os empregados vão se reunir nesta quinta-feira, às 17 horas, em
assembleia geral para avaliar a proposta e decidir os rumos do
movimento. O Comando Nacional dos Bancários vai indicar aprovação da
negociação e o fim da greve, segundo nota do Sindicato dos Bancários de
São Paulo, Osasco e Região.
Além do reajuste e do abono, os bancos
ofereceram reajuste de 10% no vale refeição e no auxílio creche-babá e
15% para o vale alimentação. Em 2017 haveria a correção integral no
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado, com aumento
real de 1% em todos os salários e demais verbas.
Um balanço divulgado pelo Sindicato dos
Bancários de São Paulo, Osasco e Região afirma que 42 mil trabalhadores
participaram das paralisações durante o período de greve na área de
abrangência da entidade, atingindo 727 locais de trabalho, sendo 24
centros administrativos e 703 agências fechados na quarta-feira.
Até a rodada de negociação feita ontem,
os grevistas reivindicavam reajuste salarial de 14,78%, sendo 5% de
aumento real, considerando uma inflação acumulada de 9,31%. Além disso, o
sindicato pedia o pagamento de três salários mais R$ 8.297,61 em
participação nos lucros e resultados, além da fixação do piso salarial
em R$ 3.940,24. Se a proposta negociada ontem for aprovada, o piso de
funcionários que trabalham em escritórios nos bancos passam de um piso
de R$ 1.976,10 para R$ 2.134,19.
Confederação Nacional dos Municípios