quinta-feira, 6 de novembro de 2014

VINGANÇA: Pai mata e queima estuprador da filha

 Pai amarrou e amordaçou acusado em quarto com espátula de aço aquecida e queimou seus órgãos genitais causando morte
Por BBC Brasil
O caso de um homem indiano que torturou e matou o suposto estuprador de sua filha chocou o país - mas, ao mesmo tempo, muitos o veem como um herói.
De acordo com relatos dados à polícia, o pai de seis filhos e 36 anos de idade disse a sua esposa na sexta-feira passada que queria passar algum tempo conversando com seu inquilino em um quarto no primeiro andar de sua casa, e pediu que esta dormisse com as crianças no piso térreo.
No pequeno quarto de pouco mais de 2 metros por 3 metros, o pai amarrou e amordaçou o inquilino, e com uma espátula de aço aquecida no fogão queimou seus órgãos genitais, causando sua morte.
O pai - cujo nome não foi revelado por razões legais - se entregou voluntariamente à polícia de Nova Déli dizendo acreditar que a vítima merecia a tortura, pois havia estuprado sua filha de 13 anos de idade.
'Muito nervoso'
Eram 3h45 da madrugada de sábado quando o pai entrou no posto policial Khajuri Khas para confessar que havia matado o suposto estuprador.
Casos de estupros têm chamado grande atenção na Índia desde dezembro de 2012, quando uma estudante de 23 anos de idade foi estuprada e assassinada em um ônibus em Nova Déli.
A repercussão mundial do caso levou a Índia a adotar penas mais duras contra o crime, entre elas a pena de morte. Mas, para descontentamento de muitos no país, já se passaram dois anos e os agressores da estudante Déli ainda não foram punidos.
Eles foram sentenciados à morte, mas sua apelação está pendente no Supremo Tribunal Federal. Muitos indianos se ressentem da lentidão do sistema judicial em processos que podem durar anos.
Apesar da nova lei, a notificação de casos de estupro na Índia subiu imensamente - de 24.923 casos, em 2012, para 33.707, no ano passado. Isso significa que, todos os dias, 93 estupros são relatados no país.
Talvez por conta deste cenário, o assassinato em Khajuri Khas tenha gerado simpatia de parte do público pelo pai, com muitos dizendo que fariam o mesmo.
Depois que a história foi relatada pela primeira vez, no fim de semana, muitos descreveram o assassino confesso como "herói", que "fez o que tinha que fazer". Outros expressaram a esperança de que ele escape de uma punição mais severa.
'Qualquer pai faria isso'
"Qualquer pai faria isso", disse à BBC Mohammad Ayub, que dirige riquixás e faz ponto a menos de um quilômetro do local do crime.
"Para que ir à polícia e a tribunais? Eles pedem todos os tipos de prova. Em nosso país, a Justiça demora muito. Justiça deve ser feita em dois meses, mas aqui os casos levam seis ou sete anos."
Seu colega Noor Mohammad diz que o pai não deve ser punido. "O que ele fez foi certo e ele deveria ser libertado".
O inspetor Arvind Pratap Singh, que está à frente da investigação, disse que nunca viu um caso como este.
"Nós geralmente temos que perseguir assassinos, eles não vêm à delegacia por conta própria", diz ele.

"Entendo a simpatia de todos com ele (o assassino), mas temos que nos ater à lei. Ele cometeu um crime, terá que enfrentar as consequências."

Terror na noite de Chapadinha, bandidos efetuaram diversos disparos no bairro Japão

Na noite de hoje (28), uma serie de disparos de armas de fogo ocorreu no bairro Japão em Chapadinha, segundo relatos (áudios) de moradores d...