Júlio Brant é acusado de fazer boca de urna, e candidato Eurico Miranda discute com conselheiro sobre a lista de sócios
Gazeta
A primeira fase das eleições presidenciais do Vasco,
que acontece na tarde desta terça na sede do clube em São Januário, e
tem por objetivo eleger os membros do conselho que vão decidir o
escolhido entre os postulantes à presidência, está sendo marcada por
muitas acusações entre os candidatos e discussões em meio ao pleito.
Alguns fiscais da chapa de Eurico Miranda, que vem liderando as parciais
de votação e pode reassumir a presidência do Vasco a partir de
dezembro, acusaram o candidato Júlio Brant de pedir votos perto da urna,
fazendo a famigerada ‘boca de urna’. Miranda também discutiu com José
Henrique Coelho, da chapa "Sempre Vasco" e apoiador de Brant, ao ouvir
reclamações sobre a lista de sócios.
Segundo as acusações de Coelho, mais de 160 nomes que votariam em Brant
sumiram da lista dos sócios com direito a voto de ‘um dia para o outro’.
Roberto Monteiro, atual presidente da Assembleia Geral, na tentativa de
minimizar a influência dessas suposições na votação dos sócios, pediu
para que todas as acusações fossem formalizadas para serem investigadas
posteriormente e garantiu que não há irregularidade no processo.
"Retiramos antes mesmo, tenho tudo isso anotado. Estes 160 nomes eram
sócios gerais que haviam sido recadastrados irregularmente. Estavam
inadimplentes a mais de três meses e com títulos inativos. Pelo estatuto
do clube, não poderiam ser regularizados, mas a secretária permitiu e
daí originou-se a confusão", comentou.
Vivendo seus últimos momentos como presidente após seis anos de mandato,
Roberto Dinamite chegou sem muito alarde a São Januário para fazer seu
voto. Sem candidatos da situação, o maior artilheiro da história do
Vasco preferiu não revelar o voto e afirmou que deixou, como maior
legado para o clube, um instinto democrático.
"Espero sempre do Vasco que as pessoas saibam se relacionar, embora haja
a situação e a oposição, que os dois grupos respeitem o direito de ir e
vir. Acho que minha maior conquista no Vasco se refere a essa
liberdade. O caminho é democratizar o clube, abrir caminho para as
pessoas de bem. O importante é a democracia, mas não só a palavra. É
preciso ter atitude para dar as pessoas esse direito de escolha",
comentou Dinamite, que deixou as dependências do clube da mesma forma
como chegou - despercebido