Um garoto de 12 anos teve um lápis cravado em sua cabeça
durante uma discussão com o colega de 13 anos, nesta terça-feira (2). O fato
ocorreu na escola Tancredo de Almeida Neves, no bairro Sobral, em Rio Branco. A
vítima foi atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e
levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde teve o objeto removido.
De acordo com a direção da escola, a briga começou porque um
dos meninos acusou o outro de 'colar' as atividades em sala de aula. "O
professor mandou terminar a discussão e quando virou para escrever no quadro,
um dos meninos deu um murro no outro. Na sequência, o que tinha levado o murro
e estava com o lápis na mão, revidou", relata o diretor Antônio Ari Araújo
de Sousa.
O diretor afirma que todos ficaram chocados, porque nenhum
dos alunos tinha histórico de violência. "A gente não esperava, nossa
escola não tem esse histórico desse tipo de violência. Os pais foram
comunicados. São dois alunos que nunca nem imaginamos se envolver nesse tipo de
problema", afirma Sousa.
Os dois estudantes devem retornar às aulas na próxima semana.
Uma reunião com o Conselho Escolar foi marcada para a próxima segunda-feira (8)
e irá analisar o caso de acordo com o regimento interno. "Vamos conversar
com os pais, com o conselho da escola para depois tomar uma decisão. Temos que
lidar com prudência nesses casos", ressalta o diretor.
A mãe da vítima, a dona de casa Francisca de Oliveira, disse
que o filho nunca se envolveu em briga na escola. "O menino estava colando
do caderno dele e ele foi reclamar. Começaram a brigar, o menino deu um murro nele e ele revidou com
outro murro na boca do colega que reagiu enfiando o lápis na cabeça dele. Meu
filho não é de brigar, nunca mexeu com ninguém na escola", garante.
Francisca diz que chegou a fazer um Boletim de Ocorrência,
mas não vai levar o caso adiante, em respeito à outra mãe. Segundo ela, o filho
sempre se queixa do colega que põe apelidos nele. "Os policiais
conversaram com os meninos e eles se comprometeram a não mexer mais um com o
outro", diz.
A mãe do aluno que agrediu o colega, a servidora Marinelda da
Silva, disse que o filho está arrependido. "Ele não é violento, é
tranquilo, está arrependido e chorou muito. Foi um momento de raiva. Ele não é
violento em casa, converso muito com ele. É calmo e gosta de fazer
amizades", diz a mãe.
De acordo com a direção da UPA do Segundo Distrito, o menino
de 13 anos foi atendido pela equipe de trauma e foi identificado que não
ocorreu perfuração no crânio. O jovem foi liberado no mesmo dia.
"A princípio ficamos assustados, antes de fazer o
procedimento, mas examinamos e vimos que a parte neurológica dele estava
integrada. Fizemos uma radiografia e percebemos que o lápis adentrou entre a
calota craniana e o músculo do couro cabeludo. Ele ficou em observação por
algumas horas, mais foi liberado no mesmo dia", explicou o médico Pedro
Pascoal, que atendeu o menino.
FONTE: G1