sexta-feira, 22 de novembro de 2013

O Comandante Geral da Polícia Militar do Maranhão e as Expectativas Geradas com a sua Mudança

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Qualquer mudança na direção de uma instituição gera enorme expectativa de seus integrantes, principalmente quanto ao futuro e como o novo gestor direcionará suas ações administrativas e operacionais, a partir dali. No caso da gloriosa Polícia Militar do Maranhão, muito mais, porque, se de um lado a população maranhense, hoje carente da sensação de segurança pública, espera colher em breve os resultados positivos com mudanças e ações que possam prover a tão sonhada tranquilidade pública, os policiais militares, muito mais; pois, além de desenvolverem suas atividades cotidianas em benefício das comunidades, também se preocupam com a sua própria segurança pessoal, a qual foi colocada em xeque recentemente, além de efetivas providências no atendimento de seus anseios que até então era impossível de ocorrer.

Desde o dia 17/04/2009 quando assumiu o comando da secular instituição policial militar, o coronel substituído neste último 18/11/2013, implantou políticas internas que causaram desagrados, insatisfações, irritações e desmotivações, refletindo de pronto no desmonte estratégico da cultura e da tradição policial militar e que sem sombra de dúvidas passou a balançar os pilares essenciais institucionais (hierarquia e disciplina), sem atermos a sua perene responsabilidade em contribuir para a elevação dos índices de violência e criminalidade, vez que a tropa totalmente desmotivada perdeu a credibilidade em seu comandante maior – o Comandante Geral da PMMA.
Essa afirmação não é minha, foi simplesmente o eco do dia-a-dia dos quartéis, retratadas após as constantes e insistentes denúncias exploradas pela mídia e não apuradas.
A omissa postura adotada, traduzida na falta de habilidade em levar a Exmª Governadora do Estado, os anseios de sua tropa, preferindo propiciar a um pequeno grupo “beness” em detrimento do simples comandamento imparcial, profissional, legal que beneficiasse a todos, acabou por fazer eclodir um movimento paredista com a participação significativa de uma parcela dos verdadeiros executores da segurança pública – as praças, após mais de 170 anos da PMMA, corporação de relevantes serviços prestados a sociedade maranhense.
A oficialidade experimentou entristecida a vilipendiação pública do seu dirigente maior transcrita na decisão judicial quando o MM. Juiz de Direito Titular da Auditoria da Justiça Militar do Estado do Maranhão, julgando improcedente o pedido de prisão preventiva dos policiais militares organizadores da paralisação da PM e CBM, no dia 25/11/2011 (amplamente divulgado na mídia, inclusive com o teor da decisão), ratificou o que já era público e notório: a perda de confiança por parte da tropa em relação ao seu Comandante.
A situação insustentável levou a agonia institucional com clarividência de uma nova paralisação da tropa, desta vez, pela inaceitável permanência a frente dos destinos da corporação de um Comandante que insistia em permanecer na condição de dirigente, tendo contra si todos os critérios de sustentabilidade: aval da tropa, apoio da oficialidade, simpatia da população, crença das autoridades em imediata mudança do “status quo” e profissionalismo, agarrando-se em todas as possibilidades como um náufrago em mar aberto abraçado com um dos remos de um bote a deriva.
Da plêiade de oficiais a frente das Unidades Policiais Militares não existe grandes contestações, pois todos são comprometidos com o objetivo maior que nos move em realidade o problema se encontrava na gestão macro institucional centrada na figura do Senhor Comandante Geral.
Eis que finalmente a “Comandante Em Chefe da PMMA”, a Exmª Sra. Governadora do Estado, cansada de hipotecar solidariedade e proporcionar apoio incondicional, entre a “cruz e a espada”, respaldada pelos clamores de seus comandados, não lhe restou outra alternativa senão a troca do comando, a fim de acalmar os ânimos da tropa e depositar as esperanças do retorno institucional aos trilhos da credibilidade, da viabilidade e da importância social.
Escolheu entre os dezoito coronéis do serviço ativo, o Cel QOPM Aldimar Zanone Porto, homem de inúmeros serviços prestados a população maranhense, com uma vasta experiência profissional no interior do Estado e que por onde passou desempenhou com galhardia, seriedade, conduta ilibada, companheirismo, eficiência e eficácia as UPMs, recebendo no último dia 18/11/13, a difícil incumbência – encontrar o caminho da paz interna e estimular a tropa a voltar a exercer o seu verdadeiro papel – guardião da sociedade maranhense.
Tão logo foi divulgado na mídia, o semblante dos policiais militares mudou, o clima nos quartéis passou a ser de alegria, começou em massa o gradativo retorno a segunda casa dos profissionais de segurança pública que passaram a comemorar nos bate-papos informais. O dialogo passou a ser a palavra de ordem.
Em meus quase 33 anos de efetivos serviços vivenciados na corporação, já tendo a oportunidade de servir com mais de 17 ex-comandantes gerais, acompanhei suas mudanças (o que consideramos natural, afinal, as trocas oxigenam a instituição e são consideradas como missões institucionais), entretanto, tristemente afirmo que nunca presenciei um oficial superior alcançar significativo índice de rejeição, de ódio, de desprezo e de desconsideração, o que é lamentável, afinal, todos nós policiais militares somos companheiros, somos irmãos, somos a parcela da sociedade que apanha, é violentada, é agredida, mas sempre teremos o sacerdócio como a nossa bandeira principal.
Mas os tempos são outros, novo comando, novas esperanças, mudanças que estão sendo implementadas para recuperar esse longo interregno de tempo perdido – 04 anos, 07 meses, 01 dia – retorno da alta estima, motivação exalando por parte de todos, vontade de bem servir, pequenas ações adotadas que já revelam a cara do novo comandante, baseadas no respeito, na consideração, na diferença de tratar os seres humanos, na preocupação institucional, enfim, no bom comandamento da maior corporação maranhense, presente em todos os municípios deste Estado.
A demonstração inicial ofertada pelos oficiais de ombreamento e caminhar lado a lado neste novo projeto, por si só já evidencia que o nosso Comandante Geral terá todo o apoio e estímulo para fazer um grande comando, os desafios são enormes, ninguém os desconhece, mas a boa vontade é geral e única.
Tardou, mas, enfim aconteceu.
São Luís-MA, 20 de novembro de 2013.
Ten Cel QOPM Carlos Augusto Furtado Moreira
Especialista em Gestão Estratégica em Defesa Social, Especializando em Cidadania, Direitos Humanos e Gestão da Segurança Pública, Pós-graduado em Superior de Polícia e Aperfeiçoamento de Oficiais, Bacharel em Direito e Formação de Oficiais e Licenciado em História

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