A obra de duplicação da BR-135, rodovia que dá acesso à Ilha, segue em
ritmo acelerado nos quilômetros que compreendem Estiva e Bacabeira, no
Campo de Perizes, trecho da estrada recordista em acidentes. Segundo
informações da Superintendência Regional do Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (SRMA/DNIT), 10% da obra está concluída,
fase que consiste na colocação das colunas de brita que sustentarão a
via.
De acordo com o superintendente do DNIT no Maranhão, Gerardo Fernandes,
em abril e na primeira quinzena deste mês, por causa das chuvas, os
serviços atrasaram, mas as empresas responsáveis já trabalham na
recuperação desse tempo. "Estamos trabalhando com seis máquinas, e para
abrir mais frente de serviço as empresas do Consórcio Serveng/Aterpa já
compraram mais seis máquinas de fabricação estrangeira, que devem chegar
nos próximos três meses. Duas no mês de junho, outras duas em julho e
as últimas em agosto", afirmou.
As máquinas fazem a compactação da brita ao longo de 18 quilômetros
desse trecho da rodovia onde há predominância de solo mole. As colunas
de brita servirão para expulsar a água e conter o solo para não expandir
e dar firmeza ao terreno. "Depois dessa etapa da obra, será colocada a
pavimentação asfáltica", explicou o superintendente. A colocação das
colunas de brita é a etapa mais cara do primeiro lote de duplicação da
BR-135 e está orçada em R$ 150 milhões, valor equivalente a 42% do custo
total (estimado em R$ 354 milhões).
A duplicação dos 27,3 quilômetros da BR-135 referente ao primeiro lote
da obra deverá ser concluída em outubro do ano que vem. No entanto, esse
mesmo prazo poderá ser antecipado em seis meses, dependendo das
condições meteorológicas no trecho da obra. Ainda segundo o DNIT, em 60
dias deverão ser pagas as indenizações para as pessoas que tiverem casas
desapropriadas na região. "Nós já fizemos 20% do levantamento dessas
propriedades", complementou Gerardo Fernandes.
Etapas - As obras de duplicação da BR-135 serão realizadas em três
etapas. A primeira compreende o trecho entre o bairro da Estiva, em São
Luís, e o município de Bacabeira, com 28 quilômetros de distância; a
segunda se estende até o povoado Entrocamento (44,6 quilômetros), e por
último o perímetro até o município de Miranda do Norte (31,7
quilômetros).
Ainda não há prazos para a abertura de licitação que escolherá a empresa
responsável pela execução dos serviços. O DNIT ainda aguarda licença
ambiental a ser expedida pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente
(Sema). Para que o processo licitatório seja mais ágil, a segunda e
terceira etapas deverão ser licitadas pelo Regime Diferenciado de
Contratações Públicas (RDC), mesmo método utilizado nas obras do Plano
de Aceleração do Crescimento (PAC2).
Nova tubulação do Italuís deve chegar em duas semanas
Obra de substituição da adutora deve ficar pronta em dezembro, para entrar em operação em março de 2014.
A Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão (Caema) prevê que os
primeiros tubos que substituirão a antiga tubulação de ferro da adutora
do Sistema Produtor Italuís, no campo de Perizes, devam chegar a São
Luís em duas semanas. Os novos tubos são feitos de aço especial com
1.400 milímetros de diâmetro, o que proporcionará um melhor
abastecimento na região central da capital maranhense. A antiga
tubulação tinha 1.200 milímetros de diâmetro.
Também serão utilizados na obra válvulas, ventosas, aterros, estacas,
aço e concreto. A obra terá ainda uma ponte de treliça, sobre a qual a
adutora atravessará o Estreito dos Mosquitos. Segundo o presidente da
Caema, o engenheiro João Reis Moreira Lima, atualmente a adutora está
com quase 15 quilômetros de estrada de serviços concluída,
aproximadamente 12 quilômetros de estacas cravadas e 1,5 quilômetro com
blocos de apoio da adutora - onde serão colocados os tubos de aço -
pronto.
No total, serão 19 quilômetros da nova adutora do Sistema Italuís, em um
trecho compreendido entre os Km 25 e 44 da BR-135, passando pelo Campo
de Perizes. As obras foram iniciadas em novembro do ano passado, logo
após a assinatura da Ordem de Serviço pela governadora Roseana Sarney.
"Acreditamos que a adutora fique pronta em dezembro deste ano e entre em
operação até março de 2014", ressaltou João Reis Moreira Lima.
A mudança já era um anseio antigo da população que sofre com os
constantes rompimentos causados pelo alto teor de corrosão na tubulação
da adutora. A nova tubulação propiciará uma vida útil bem maior à
adutora, além de uma garantia operacional dos serviços e um acréscimo de
volume de água produzida, conforme João Moreira Lima.
Com a recuperação da adutora, a Caema estima um ganho de vazão de até
300 litros de água por segundo. A atual vazão da adutora é de 1,8 metro
cúbico por segundo e com as intervenções que serão realizadas pelo
Governo do Estado, a estrutura passará a ter uma capacidade de 2,1
metros cúbicos por segundo de água. Para a realização da obra, estão
sendo investidos R$ 106.887.593,60, sendo R$ 96.920.077,15 do Programa
de Aceleração do Crescimento (PAC) e R$ 9.967.516,45 do Governo do
Estado.
Mais
A BR-135, considerada uma das mais perigosas do Maranhão, registra
constantes acidentes de veículos com mortes, especialmente no Campo de
Perizes. Segundo levantamento do DNIT, circulam diariamente pelo Campo
de Perizes aproximadamente 17 mil veículos. Próximo ao trecho da
rodovia, que não tem acostamento, há duas estradas de ferro (Carajás e
CFN), e ao lado torres de alta tensão da Eletronorte e a adutora do
Sistema Italuís.
Números
R$ 150 milhões é o valor da colocação das colunas de brita
27,3 quilômetros da BR-135 serão duplicados em um primeiro lote de obras
17 mil veículos circulam diariamente pelo Campo de Perizes
10% da obra está concluída
Mais
O último rompimento da adutora do Sistema Italuís foi verificado na
madrugada de 31 de março deste ano, no trecho compreendido entre o Km 38
e 39 da BR-135, no Campo de Perizes, deixando 70 bairros da região
central de São Luís sem água por mais de 48 horas.
do blog do Marcial Lima