SÃO LUÍS - Com o aumento da violência na região
metropolitana de São Luís, a Secretaria Estadual de Segurança Pública
(SSP) realizou, nesta segunda-feira (8), uma reunião visando estabelecer
estratégias para diminuir os índices de criminalidade.
A
reunião foi entre gestores do Sistema de Segurança Pública, que
definiram uma série de estratégias visando reduzir o número de
homicídios na capital. O secretario de Segurança, Aluisio Mendes,
esteve, pela manhã, reunido com a Polícia Civil e à tarde com os
comandantes de Batalhões e Unidades da Polícia Militar da capital.
Segundo
a SSP, a meta da Secretaria é que os números reduzam em 10%. Aluisio
Mendes cobrou resultados eficazes e imediatos que se traduzam em prisões
de envolvidos com os crimes e ações mais ostensivas, e pediu uma maior
integração das forças policiais. As ações, segundo a secretaria já terão
início imediato.
“Estamos
discutindo ações estratégicas que façam frente a estes números. Cada
instituição vai desenvolver trabalhos de sua competência, com a
participação da inteligência. A Polícia Civil deverá ampliar o
cumprimento dos mandados de prisão dos autores dos crimes e a Militar
vai intensificar o patrulhamento ostensivo e preventivo em todos os
bairros. A população pode esperar em um curto espaço de tempo uma
resposta positiva e continuará a ter tranquilidade”, afirmou Aluisio
Mendes.
Nas
reuniões, o secretário afirmou que o governo do Estado tem feito
diversos investimentos no Sistema de Segurança, como a aquisição de
viaturas, motocicletas, reforma de prédios, compra de armamentos e
equipamentos, dando condições aos profissionais para desempenhar um bom
trabalho em suas instituições. Além disso, Aluisio falou da importância
da agilidade dos concursos públicos. Segundo ele, o governo do Estado
tem tentado promover o maior processo seletivo dos últimos anos para
ingresso nas polícias Civil e Militar e para o Corpo de Bombeiros, mas é
preocupante a paralisação do certame por conta dos mandados de
segurança impetrados pelos candidatos na Justiça. Aluisio afirmou que
essa medida está causando um grande prejuízo para os trabalhos
policiais, uma vez que o Maranhão possui o menor efetivo policial do
país.
Tráfico de drogas
Com
base nos dados da analise criminal do Centro Integrado de Operações de
Segurança (Ciops), Aluisio Mendes informou que os homicídios têm relação
direta com tráfico de drogas. Segundo ele, a disputa de espaços na
venda de entorpecentes seria a causa de grande parte dos crimes desta
natureza.
“As
operações de repressão ao tráfico que vem sendo feitas tem causado um
desconforto nos gerenciadores do tráfico, porém isso não justifica as
ocorrências de homicídios. Traficante não tem que matar traficante.
Estes criminosos devem estar presos. Já identificamos esses soldados do
trafico, que são aqueles que matam por conta da disputa”, enfatizou o
secretário de segurança.
Para
a delegada-geral de Polícia Civil, Maria Cristina, alguns dos
homicídios já têm uma linha de investigação avançada. Segundo ela, cada
distrito policial deverá entregar um relatório sobre todos os homicídios
apurados ou sob investigação e ainda da produtividade de cada área.
Outras ações
Em
relação aos trabalhos repressivos, o comandante do Policiamento
Metropolitano, coronel João Nepomuceno afirmou que vai realizar diversas
ações nos próximos dias. “Estaremos integrando esforços para impedir o
avanço do crime na cidade. Vamos fechar o cerco contra o crime”, disse.
Ainda
durante a reunião, os comandantes das unidades policiais foram unânimes
em reconhecer que é necessário uma atuação mais enérgica do Judiciário,
uma vez que muitos criminosos presos pela PM ou pela Polícia Civil
acabam retornando para o convívio em sociedade e cometendo novos
delitos. Ficou acordado ainda na próxima sexta-feira (12), que os
gestores voltarão a se reunir e avaliar os primeiros resultados.
do imirante.com