sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Jornalista de Bueiro



As vitórias régias da política e do jornalismo local detestam meu estilo. Para esses seres de sensibilidade aguda, minha pena é ácida demais. Alguns dizem que a crítica que faço é muito pessoal - como se a política fosse feita por elfos, duendes e fadas, e não por pessoas de carne, osso e algum interesse.
O puritanismo hipócrita desses aborígines costumava dizer no passado - e ainda hoje diz - que eu lanço “impropérios contra autoridades da nossa cidade”, numa tentativa vã de me desqualificar. Quando ouço coisas desse tipo, reforço minha convicção de que essas figuras estão intelectualmente em estado vegetativo. Pararam no tempo.
O que querem? No fundo, continuar - já o fizeram por 12 anos - exercendo o monopólio da fala na nossa província. Continuar determinando “o que” e “como” dizer. Porém, como sabem que não podem mais fazê-lo, já que os ventos agora sopram noutra direção, ficam o tempo todo se queixando. Formam – junto com alguns políticos – a trupe dos “humilhados e ofendidos”.
Para esses nativos da mediocridade subserviente, interessa o debate estéril, o discurso pelo discurso, como se as palavras não tivessem relação com as coisas e as pessoas. Quem age em sentido contrário é logo taxado de “anarquista”, de baderneiro e outras bobagens. Mas esse totalitarismo dos bem-intencionados - todos nós sabemos! - custa caro aos cofres públicos.
Foram eles que inauguraram o “bom mocismo” no debate político local. Trata-se de uma versão guajajara do “politicamente correto”, que se caracteriza por três tipos de postura: cumplicidade entre os colegas, reverência cega em relação às autoridades e ódio mortal a quem não se encaixa nessa categoria. É isso que identifica toda essa canalha.
O jornalismo barato que praticavam - e ainda praticam - virou um filão, um meio de vida, explorado por analfabetos com e sem gravata. Se alguma coisa desse errado e eles tivessem de mudar o discurso, não tinha problema: imediatamente realizavam uma operação verbal e tudo voltava a ser como antes. Meu papel é tirar esse pessoal da zona de conforto.
Aliás, o leitor sabe como ferrar um pilantra? Ponha-o na frente do espelho e o obrigue a dizer: “Eu sou pilantra”. No fundo, é isso que estou fazendo. E não o faço por intolerância. Faço somente por respeito aos fatos e ao leitor. E também por respeito à língua portuguesa. Como diria Azevedo: “No esgoto, eles ganham! Na língua pátria, ganho eu”. 
Ivandro Coêlho, professor e jornalista

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