Desde de 2002 que eu venho desempenhando trabalhos na area de prevenção ao uso de substancias entorpecentes, e ao longo deste tempo tenho visto os problemas com o uso de crack e outras drogas entre vários segmentos de nossa gente, o que era restrito a zona urbana, agora migra para a zona rural. Com o vício, os trabalhadores rurais acabam por se tornar peças integrantes do círculo da disseminação das drogas até nas menores cidades do interior do país. Sem escolha, o trabalhador de Chapadinha tem de migrar para buscar serviço por causa da falta de oportunidades no local de origem e, no retorno para a terra natal, leva consigo o crack.
Na lida da cana-de-açúcar, que apresenta grande incidência de usuários de drogas, especialmente de crack, os efeitos são perceptíveis: Moradores da zona urbana e rural de Chapadinha já convivem com realidade de violência e medo, antes não conhecida. Quase todos os dias são relatados todos os tipos de ocorrencia, desde de roubo, furtos, assassinatos, e até mesmo sequestros.
“Imagine comunidades pequenas do interior de Chapadinha, que nunca haviam lidado com isso, hoje sofrem com droga”. O estopim da dependência química nos interiores de nossa Chapada das mulatas, representa a influência negativa da migração para as comunidades de origeme.
“Imagine comunidades pequenas do interior de Chapadinha, que nunca haviam lidado com isso, hoje sofrem com droga”. O estopim da dependência química nos interiores de nossa Chapada das mulatas, representa a influência negativa da migração para as comunidades de origeme.
Aos poucos, o álcool está sendo substituído pelo crack em nossa cidade. Pesquisa da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), divulgada em novembro, em termos nacionais, revela que entre os 4,4 mil municípios objeto do trabalho, 89,4% enfrentam problemas com a circulação de drogas em seu território, enquanto 93,9% com o consumo. Acrescido à falta de controle das autoridades locais, o crack exerce maior impacto nos locais mais carentes.
Li um texto de Maria Aparecida Moraes, professora de Sociologia da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp), acredita que o vício serve como “analgésico” tanto para o trabalhador suportar a rotina extenuante de trabalho no campo como a falta de recursos das cidades. “Então, como nada é feito pelos governantes, não é segredo para ninguém que a perspectiva é de que o círculo continue”, frisa.
Infelizmente a cidade de Chapadinha está sendo refem da violência causada pelo consumo de crack em nossa cidade, são indices alarmantes de violência, roubos, furtos, em nossa cidade quase todos os dias há roubo de motos por aqui e principalmente na zona rural, moramos em uma cidade conhecida por ser pacata, mas este titulo está sendo sucumbida no dia a dia. Alguma coisa tem que ser feita.
