A manutenção do crescimento da economia brasileira entre 4% e 5% ao ano
permitirá ao país dobrar a renda per capita da população em 20 anos,
disse hoje (19) o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa.
Segundo ele, depois de desacelerar no fim do ano passado e no início deste ano,
o Produto Interno Bruto (PIB) voltou a registrar este ritmo no segundo
semestre.
O secretário relembrou o indicador de prévia do PIB divulgado pelo Banco
Central na semana passada para destacar que a economia brasileira já se
recuperou. “Os dados do terceiro trimestre indicam que o crescimento ficou em
1,15% [de julho a setembro]. Se o ritmo for anualizado [projetado para um
período de 12 meses], isso representa 4,7% ao ano”, ressaltou Barbosa, durante a
divulgação do balanço da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC 2).
Para o secretário, a economia brasileira manterá a velocidade de crescimento
no quarto trimestre. “As próprias avaliações do mercado indicam a manutenção do
ritmo de expansão do PIB em uma faixa entre 4% e 5%”, disse ele. “Este nível de
crescimento é essencial para consolidar a sociedade de classe média que está se
formando e gerar mais oportunidades de investimento e emprego.”
De acordo com Barbosa, taxas de crescimento do PIB entre 4% e 5% ao ano
permitem que a economia continue se expandindo sem pressionar a inflação. “O
próprio Banco Central prevê que a inflação convergirá para o centro da meta
[4,5%] no terceiro trimestre do ano que vem. Essa faixa de crescimento não
compromete a estabilidade macroeconômica”, comentou.
Na avaliação do secretário, a recuperação do crescimento só foi possível, por
um lado, por causa do aumento dos investimentos proporcionado pelo PAC, e, por
outro, por causa das medidas de redução de impostos e de juros tomadas pelo
governo desde o início do ano. “As desonerações e a diminuição do custo
financeiro reduzem os custos e estimulam a produção e os investimentos”,
destacou.