O IBGE é terrível e implacável. A cada levantamento nos joga na cara uma realidade dura que teima em nos perseguir. E olha que até presidente da República já tivemos. Por cinco anos o maranhense José Sarney ocupou o mais alto posto público do País e continuamos no atraso. Somos um estado de miseráveis. O IBGE constatou recentemente que o Maranhão é o pior estado do país na questão de esgotamento sanitário. Aqui na capital a rede de esgoto atinge menos de 50% da sua população. Mas de 70% das nossas praias estão poluídas por falta da rede de esgoto. Banhamos e nadamos em merda pura.
Ao contrário de fortaceler a rede municipal existente, o governo prefere fechá-la e anunciar a construção de outros novos. Tem algo de estranho em tudo disso. Alguém tá levando algo, como dizia um velho amigo. Dos 72 hospitais prometidos, até agora um saiu do papel e funciona de forma precária. O resto é terreno ou armação parada no tempo. Só promessa para serem mostradas na propaganda eleitoral. Sem entrar na área da segurança pública, que é uma lástima, agora mesmo nos deparamos com mais uma outra triste realidade. Pesquisa oriunda do IFDM, índice que mede o desenvolvimento municipal, aponta que dos dez piores municípios do Brasil o Maranhão tem quatro. Marajá do Sena pior cidade do país ocupa o 5.564º colocado com índice 0,3394, Aragunã com índice 0, 3636 ocupa o 5.560º colocado, Jenipapo dos Vieiras com índice 0,3588 ocupa o 5.561º e por fim, São Félix de Balsas, com índice 0,3669 como 5.559 colocado.
Somos, creio, um estado abençoado por Deus, mas amaldiçoado pelo homens. Somos governados por uma única família há 40 anos, quando saímos das rédeas do vitorinsmo, um outro câncer para o Maranhão. Por fim, somos um estado marcado pelo fracasso, mas a esperança sustenta a nossa fé de que um dia haveremos de encontrar uma saída, um caminho que possa levar o Maranhão e a sua gente a viver de forma digna. E a única saída se avizinha. A única arma que temos para transformar a realidade cruel encontra-se em nossas bolsas, nas nossa gavetas: o título eleitoral.
O Piauí mudou porque rompeu com o atraso. O Ceará cresceu depois de romper com o atraso. Pernanbuco avançou após vencer o atraso.
E nós, até quando iremos conviver com o atraso?
Por: Blog do Luis Cardoso
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